sexta-feira, 31 de julho de 2009

Aos que ficaram pra trás.


Como é bom olhar para mim e saber que estou fazendo valer a pena cada passo dado em frente. É bom lembrar dos velhos amigos, do tempo de pré-adolescência e rir dos planos que tanto fazíamos. Como tudo seguiu um rumo diferente (infelizmente!).
O sonho de ser arquiteta teve que ser deixado de lado, afinal a vida não é nem um pouco barata. Garra para conseguir um pouco além disso? Talvez não houve. A vontade de ser modelo foi substituída pela vontade (ou loucura) de constituir uma família aos 18 anos, pelo menos assim foi deixada de lado a vida de "Cobiçada" ou "Tocada por muitos" (se é que vocês me entendem). E a falta de sonhos?.. Essa sim continua viva e sendo alimentada pela vida comum, porém pacata e sem maiores perspectivas. Cada um é feliz do seu jeito. Mas, e quanto aos nossos sonhos de infância, de juventude precoce? E quanto aos planos que fazíamos, a amizade eterna que jurávamos, os sonhos que queríamos realizar? Capacidade qualquer uma teria, mas a vida.. O que a vida, as circunstâncias, as influências não mudam em cabeças fracas? Os olhares brilhantes e orgulhosos de quem nos via voar alto dessa maneira tinham certeza que chegaríamos lá, que seríamos mais do que jovens sonhadoras, hoje olham com preocupação, incerteza, medo.
Apesar disso, somos amigas. Se um dia precisarem de mim, eu estarei aqui pra ajudá-las, mas ao mesmo tempo, não me arrependo de ter me despedido um dia para lutar pelos meus sonhos de adolescência que, na minha opinião, nunca deveriam ter sido apagados ou esquecidos. Talvez se todas tivessem feito o mesmo, nossa amizade seria como juramos um dia. Não, isso não é uma crítica, mas não me arrependo dos passos dados sozinha. Afinal, não me vejo dando seus mesmos passos. Passos para talvez, lugar nenhum.

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